quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

...Outro Ano vem

Você se dá 365 dias para ser feliz, mudar de vida, de carro, de apartamento, arranjar um namorado novo, noivar, casar, ter filhos, parar de beber, encher a cara, fazer dieta, "chutar o pau da barraca", fazer novos amigos, mudar de amigos, de emprego, de cidade.

Você quer ser promovido, ganhar mais, ter mais qualidade de vida, trabalhar feito louco, passar mais tempo com a família, esquecer os problemas...

Muitos planos foram realizados, metas foram alcançadas, algumas planejadas e outras, por força da necessidade, viraram prioridade, mesmo ser terem feito parte da lista. Foi por causa dos imprevistos, aliás, que disseram que "você não cumpre o que promete". Não faz mal. A vida quase sempre nos oferece uma segunda chance pra recomeçar, pra ter um ponto de partida.

Portanto, faça de 2009 o SEU ponto de partida, a SUA segunda (ou décima) chance. Não é necessário listas ou planos ou metas, mas a vontade de fazer o que está a fim! Sorria, chore, brinque, pule, corra, trabalhe, namore, VIVA!

UM 2009 PLENO DE VIDA PRA VOCÊ!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Mais um ano vai...

Fim de ano. Época de comer coisas diferentes, de rever parentes distantes (às vezes, até os próximos também), de comprar presentes, de ficar ansioso para receber presentes, de ir à missa, de estampar um sorriso congelado...

Fim de ano. Época de reflexões. De pensar o que você fez durante 365 dias. As coisas positivas e negativas, as tarefas cumpridas e as deixadas de lado, as surpresas, as alegrias, as tristezas, as vitórias e as derrotas. É o balanço de fim de temporada. Mais um ano se passou... E o que eu passei com ele?

Fiz amigos, perdi outros, ganhei confiança, descobri outros medos, viajei pra dentro de mim, achei muitos defeitos e algumas qualidades, aprendi com alguns erros, valorizei meus acertos, cuidei de mim...

Agora é hora de colocar esse balanço no arquivo e se preparar pra abrir outro. Outro ano vem aí...

Aguardem...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

TORCIDA

... Mais um post antigo....

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você.
Tinha gente que torcia pra você ser menino.
Outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai.
Estavam torcendo para você nascer perfeito.
Daí continuaram torcendo...
Torceram pelo seu
primeiro sorriso,
pela primeira palavra,
pelo primeiro passo.
O seu primeiro dia na escola foi a maior torcida.
O primeiro sutiã.
E o primeiro gol, então?
E de tanto torcerem por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel.
Torcia o nariz para quiabo e escarola. Mas torcia por hamburguer e refrigerante.
Começou a torcer até para um time. Provavelmente, neste dia, você descobriu que tem gente que torce diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes, estudar inglês e piano. Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana.
Nestas horas, você só torcia por não ter nascido.
E por você não saber pelo que torcia, torcia torcido.
Torceu para seus irmãos se ferrarem, torceu para o mundo explodir.
E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro beijo, pelo primeiro amasso. Depois começou a torcer pela sua liberdade. Torcia para viajar com a turma, ficar até tarde na rua.
Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa.
Passou a torcer o nariz para as roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus pais.
Todo mundo queria era torcer o seu pescoço.
Foi quando até você começou a torcer pelo seu futuro.
Torceu para ser médico, músico, advogado.
Na dúvida, torceu para ser físico nuclear ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase.
No dia do vestibular uma grande torcida se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você.
Na faculdade, então, era torcida para todo lado. Para a direita, esquerda, contra a corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar pra ela. Primeiro torceu pra ela não ter outro.
Torceu pra ela não lhe achar muito alto, muito baixo, muito gordo, muito magro. Descobriu que ela torcia igual a você.
E, de repente, vocês estavam torcendo pra não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana pra viagem de lua-de-mel.
E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida.
Por que, mesmo antes do seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele. Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas coisas. Mas muita gente ainda torce por você!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Posts antigos

Bem, pessoas queridas. A partir de hoje e não sei até quando, vou alimentar meu blog com textos antigos já publicados. Preguiça? Talvez. Acho mais provável uma falta de inspiração tremenda, motivada pela falta de tempo de pensar em algo legal pra escrever.
Até os inéditos!
Beijos

A PRIMEIRA VEZ E OUTRAS MAZELAS

Costuma-se dizer que o primeiro beijo a gente nunca esquece. Mas analisando toda uma vida pregressa, percebi que não é apenas o primeiro beijo, mas a primeira festa, a primeira roupa de marca, a primeira tintura no cabelo, a primeira transa, a primeira briga, a primeira decepção, o primeiro namorado, o primeiro fora, a primeira ou o primeiro tudo!

Analisando essa mesma vida, nem sempre o primeiro, ou a primeira tudo é marcante por ser bom. Pelo contrário, tendem a ser ruins por absoluta falta de experiência ou excesso de ansiedade. Vejamos: o primeiro beijo. Você não conhece o carinha, não sabe de onde ele vem, pra onde ele vai. Viu numa festa, olhou umas duas vezes mais, ele achou que você paquerava ele, ele mais pra lá do que pra cá e você sem querer fazer feio diante das suas amigas, todas já “experientes” no assunto. Beijo ruim da porra!!

A primeira festa: bailinho, música lenta e pá! Todas as suas amigas dançam menos você, por ser tímida, por estar com vergonha, por não se sentir com a roupa adequada. Festa ruim da porra!!

A primeira transa: você já tem alguma intimidade com a pessoa, mas não é capaz nem de dizer a ele do que gosta ou do que não gosta. Ele nem sabe que você ainda é virgem. Vai querendo logo ir pros finalmentes e você achando que ta tudo certo, que deve ser assim mesmo. Acabou? Que transa ruim da porra!!

Tá certo, nem só de maus momentos são feitos a primeira vez. A primeira roupa de marca: todo mundo tem aquela calça da moda, último modelo e, de repente, você ganha de presente de Natal! Calça massa da porra!!

A primeira tintura no cabelo: você chega no salão a fim de mudar o visual e perder aquela cara lambida ou de “madalena arrependida” de sempre. “Quero radicalizar”, você diz. E, aquela morena vira uma loiraça de parar o trânsito. Que cabelo lindo da porra!!

Enfim, mesmo com tantas nuances pra primeira vez, numa coisa eu acredito: ela serve de experiência e até como parâmetro do que é bom ou ruim, do que pode melhorar ou não, do que vale a pena ou não. Até porque pra acontecer uma segunda, terceira, quarta vez, a primeira tem que ter acontecido. Então, mãos a obra. Que ainda venham muitas primeiras vezes....

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Tarefa: E a sua primeira vez?

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Palavras Proibidas

Nunca é pouco tempo.
Sempre é muito tempo.
Nada é pouco.
Tudo é muito.
Eu odeio.
Ódio.
Detesto.

Cuidado com as palavras. Elas têm uma força muito maior do que imaginamos.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

O marido e a TPM

O marido acorda, olha pro relógio, confere a hora e a data. Ele pensa: "FUDEU!!! A partir de hoje e pelos próximos 8 dias, se eu tiver sorte, viverei meu inferno astral mensal, a TPM da minha mulher!"

Ele abre a gaveta do criado-mudo e tira um papel com uma lista enorme, onde está escrito: COMO ME COMPORTAR DURANTE A TPM. A lista contém os seguintes itens:
- Ao acordar, cuidado pra não mexer muito na cama;
- Levante-se, vá ao banheiro, mas não dê descarga neste momento; só quando ela se espreguiçar e abrir os olhos pela terceira vez;
- Só fale com ela se ela falar com você; se isso demorar mais de 10 minutos, dê um OI, mas nem muito seco, nem muito meloso;
- Se arrume em silêncio, não pergunte a opinião dela, mas se ela não a der espontaneamente, pergunte se a meia está combinando. Ela provavelmente não vai responder, mas você já se livrou do primeiro fora do dia;
- Tome seu café em silêncio, tomando cuidado pra não fazer barulhos ao mastigar, ao engolir, ao beber alguma coisa;
- Levante-se da mesa sem arrastar a cadeira, tire seus pratos sujos e deixe-os arrumados na pia;
- JAMAIS lave, ela vai pensar que você está tramando alguma coisa;
- Saia pra trabalhar em silêncio. No máximo, se ela lhe mostrar os dentes, dê-lhe um beijinho na testa. O diálogo continua proibido;
- Não ligue durante o dia. Mas não esqueça de ligar na hora do almoço. (PS: Esse fora é inevitável. Se você ligar durante o dia, ela dirá que você não larga do pé dela; se não ligar, ela dirá que você saiu pra almoçar com a outra. Escolha qual dos dois você prefere);
- Ela irá lhe telefonar no meio da tarde, atende até, no máximo, o terceiro toque; ela lhe pedirá desculpas, aos prantos, pelo fora do telefonema anterior. Desligue quando a ligação chegar a 30 minutos;
- Ligue no final da tarde, ela lhe pedirá uma carona pra voltar pra casa;
- Não puxe assunto no carro, mas se ela começar, mostre-se atento, mas não tanto. Ela vai pensar que você está tramando alguma coisa;
- Quando chegarem em casa, jantem juntos. Ver regra do café da manhã;
- Vá dormir em silêncio. Ela não vai querer sexo neste período mesmo.

DICAS IMPORTANTES:
- Não sorria muito;
- Não fale muito, mas não passe muito tempo calado;
- Não elogie muito, mas cuidado, se não elogiar, ela vai pensar que você não gosta mais dela;
- Não a deixe chorando por muito tempo, mas cuidado quando for dizer que a ama; e
- JAMAIS toque nela! Risco altíssimo de ser agredido!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

12 de outubro, Dia das Crianças

12 de outubro, Dia das Crianças. Para nós, adultos, é dia de pensar nos filhos, nos sobrinhos, filhos de amigos, de vizinhos. É dia para perder nas compras atrás do melhor presente pelo menor preço e que a garotada vai adorar.

Mas esse mesmo dia 12 de outrubro poderia ser de reflexão: o que nós trouxemos da nossa infância? Será que ainda carregamos alguma inocência? Será que nós brincamos, corremos, pulamos sem pensar nos nossos problemas? Será que nós sorrimos de graça ou choramos quando estamos a fim, mesmo que seja por pura manha?

Então convoco a todos para um dia 12 de outubro diferente. Esqueçamos as crianças de hoje e resgatemos a criança que fomos. Vamos ser sinceros, ter o coração, a mente e a alma puros. Vamos aproveitar esse dia e dizer a nossos pais que os amamos com gestos, palavras, olhares, carinho, sem vergonha, porque criança é assim, fala o que vem na cabeça.

Vamos sorrir com a alma, até pra quem a gente não conhece.
Vamos dar os braços pra um estranho, pra um parente distante ou até pra quem a gente não gosta muito, porque criança é assim, briga hoje, amanhã esquece.
Vamos andar descalços pela rua, comer porcaria, se lambuzar todo.
Vamos ao parque de diversões, ao zoológico, assistir a desenhos animados.
Vamos brincar de carrinho, de boneca, de se esconder, de pega-ladrão. Vamos subir em cima do muro, pular corda, amarelinha.
Vamos roubar frutas do vizinho, tomar banho de rio.

E, no fim do dia, vamos cair exaustos na cama, com um sorriso estampado no rosto, desejando ser crianças para sempre, mais uma vez.

domingo, 5 de outubro de 2008

Profetizar

Um abraço.
Um olhar.
Um toque.
Uma palavra.
Um afago.
Um cafuné.
Um beijo.
Um silêncio.
Uma oração.
Uma inquietação.
Uma música.
Um ritmo.
Um grito.
Um gesto.
Um piscar de olhos.
Um presente.
Uma ausência.
Uma implicância.
Uma liderança.
Uma irmã.
Uma amiga.
21 características.
21 pessoas.
1 família.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Seja Luz

(Dalvimar Galo - Anjos de Resgate)


Todo aquele que entrega a vida nas mãos de Jesus
Absorve e armazena o poder da sua luz
Tendo uma vela acesa, coloque sobre a mesa
Pra anunciar o Reino do Céu às nações, assim seja

Luz, seja luz, para aqueles que ainda precisam encontrar Jesus
Seja luz, mostra ao mundo que vive nas trevas que existe uma luz
É Jesus, é Jesus

Vem Espírito Santo, traz luz ao meu coração
Faz de mim um luzeiro pra vida do meu irmão
Vou ensinar a sua paz, quero ensinar o teu amor
Unja-me, dá-me a graça de ser o seu servo, Senhor


*Essas linhas acima podem não ter significado pra muita gente, mas pra um grupo de 20 pessoas elas fazem toda a diferença. Uma homenagem minha a essas 19 pessoas que estão me ensinando a ficar "em cima da mesa".

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Viver ou sobreviver?

Mariana nasceu no dia 18 de setembro de 1978. Era uma manhã de sol belíssima, embora estivesse no inverno chuvoso do Nordeste do Brasil. Ela foi concebida numa tarde ou numa manhã, na praia ou no campo. O importante é que ela não era desejada por seus pais, mas foi muito amada logo sua mãe ficou sabendo que tinha um serzinho dentro de si.

Mariana foi uma criança feliz. Estudou nas melhores escolas, praticou esportes, teve aulas de idiomas, tinha amigos no prédio e adorava brincar com os primos na casa de seus avós.

Na adolescência, Mariana teve a sua primeira decepção: reprovou. Perdeu as amigas, o rumo, o prumo. E aí veio a segunda queda: os meninos não queriam saber dela por que ela era irresponsável. Mariana resolveu que ia ser a melhor aluna da sala, mas a promessa não foi adiante. Passou raspando de ano.

A partir daí, a vida de Mariana foi quase sempre assim. Se prometia fazer algo, mas não tinha determinação, perseverança ou força de vontade pra cumprir suas promessas. Entrou na faculdade por que "tanto fazia"; se formou, fez outra faculdade, trabalhou no ramo, saiu, foi ser vendedora, operadora de turismo, chef de cuisine, modista, artesã. Era um mundo de coisa e no fim não era nada.

Hoje Mariana completa 30 anos e, quando perguntam sua "História" ela diz que nasceu no dia 18 de setembro de um ano qualquer e sobrevive desde então.

Marcela nasceu no dia 18 de setembro de 1978. Era uma manhã de sol belíssima, embora estivesse no inverno chuvoso do Nordeste do Brasil. Sua mãe biológica a largou na maternidade para que fosse adotada por um casal que não podia ter filhos.

Marcela teve uma infância dura. Embora seus pais a tivessem adotado por não poderem ter filhos, não eram, assim, amorosos com ela. A colocaram num colégio interno, pra que ela só voltasse para casa nas férias de verão.

Na adolescência, Marcela teve muitas decepções: a falta de carinho dos pais, a ausência de amigos, de uma família que fosse presente, companheira. Mas Marcela decidiu que não ia cair. Não ia desistir. Ela acreditava que Deus tinha um plano muito importante para ela. E Marcela tomou uma decisão...

Hoje Marcela comemora seu aniversário de 30 anos. Fechou a melhor casa de festas da cidade, convidou todos os seus amigos, os amigos de seu marido, os amigos dos 3 filhos, seus pais adotivos e sua mãe biológica, os vizinhos. À 0h, ela pediu a atenção e disse: "você não escolhe vir à vida, mas escolhe o que vai fazer com ela. E eu fiz a minha escolha. Eu escolhi viver!"

Uma pergunta a você agora, leitor, quem é você? Mariana ou Marcela?

*Esta é uma obra de ficção. Qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos e acontecimentos reais terá sido mera coincidência.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Eu amo você

Amo você na beira da praia, no alto de uma montanha, ouvindo música ou no silêncio absoluto.
Amo você de dia, à tarde, à noite, de madrugada, acordando ou adormecendo.
Amo você quando chove, quando faz sol, até em um dia nublado e abafado.
Amo seu cabelo despenteado, com gel, preso ou solto. Amo o cheiro que ele tem quando está sujo. E amo ainda mais quando está limpo. Aliás, amo o seu cheiro.
Amo quando você viaja, amo mais ainda quando você volta. Amo fazer as pazes.
Amo quando dizem que a gente nao combina ou quando falam que nascemos um pro outro. Amo nossas diferenças e semelhanças.
Amo dormir ao seu lado, acordar ao seu lado, sentir seu corpo perto do meu a noite inteira. Amo a sensação de segurança que isso me traz.
Amo você sem motivos, sem razões, sem porquês, sem culpas, sem medos, sem pudores.
Amo você. Simplesmente. Plenamente. Completamente. Sem data. Sem dia. Sem hora. Sem tempo. Sem espaço.
Amo você. Assim.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Quando você...

Quando você nasceu, eu já tinha esperança em você.
Eu já sabia que você seria forte, intensa, linda, completa.
Quando você nasceu, eu já tinha conhecido outras parecidas com você, mas eu sabia que você ia ser diferente.
Quando você nasceu, eu já conhecia seus familiares e isso me confortou.
Quando você nasceu, eu passei a me sentir mais importante, mais confiante, mais eu.
Quando você nasceu, meu mundo se tornou mais azul, o sol passou a brilhar mais.
Quando você nasceu, eu redescobri minha capacidade de amar.
Quando você nasceu, minhas noites não eram mais tão solitárias.
Aliás, quando você nasceu, passei até algumas noites insones, mas feliz da vida.
Quando você nasceu, eu já tinha passado por experiências ruins com algumas de suas "irmãs", até porque, quando você nasceu, eu já era adulta.
Mas como tudo cresce, você também cresceu. E comçou a criar asas. E voou.
Quando você cresceu, a minha esperança em você esmoreceu.
Quando você cresceu, enfraqueci.
Quando você cresceu, eu já tinha conhecido outras como você, mas eu achava que você não seria igual.
Quando você cresceu, eu desconhecia os seus familiares, e isso me trouxe desconforto.
Quando você cresceu, meu mundo ficou cinza, o sol se pôs.
Quando você cresceu, eu me tornei insegura.
Quando você cresceu, minha capacidade de amar me deixou.
Quando você cresceu, minhas noites ficaram ainda mais solitárias.
Aliás, quando você cresceu, eu passei noites insones de choro.
Quando você cresceu, eu já tinha passado por experiências ruins com algumas de suas "irmãs".
E, como tudo que um dia cresce, morre, chegou a hora de me despedir de você.
Adeus, AMIZADE querida. Vou em busca de outros rumos, outros caminhos. Vou atrás de outras que, como você, me tragam segurança, me façam sentir importante, me tornem mais eu. Mas você terá, para sempre, um cantinho no meu coração que é só seu.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

das co-responsabilidades...

É como eu sempre disse.
Todo mundo é co-responsável por todos os relacionamentos que faz parte.
Você entra com 50%.
O outro entra com 50%.
Um dia você precisa doar.
Outro dia você precisa receber.
Há sempre um equilíbrio.
E, se não há, tem alguma coisa errada.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

As noites de segunda-feira são, quase sempre, despretensiosas. ..

...No final de semana quase nunca dá tempo de descansar: trabalha todo sábado até o meio-dia, vai direto no shopping comprar a roupa da balada da noite, depois salão, chega em casa, engole alguma coisa, liga pro povo, marca a farra, toma banho, troca de roupa, se maquia e sai.

Chega em casa às 6h da manhã do domingo, mas não pode dormir até muito tarde, pois domingo é dia de almoçar na casa de um parente. Levanta, engole alguma coisa, toma banho, troca de roupa, se maquia e entra no carro.

Às 16h a amiga liga, marcando um programinha light, cineminha com o povo. Volta pra casa, liga pro povo, engole alguma coisa, toma banho, troca de roupa, se maquia e sai. Do cineminha tem sempre a velha esticada prum barzinho, terminar a noite bem. Chega em casa, O bagaço, às 2h da manhã.

Segunda-feira, 6h30 da manhã, despertador toca. Se levanta, vai pro banheiro, toma banho, come alguma coisa, troca de roupa, se maquia e sai pro trabalho. Horário de almoço entre 12h e 13h30m, mas nem pensar, almoço não é pra simples mortais como você, ainda mais com um chefe desses. Faz um lanchinho rápido na copa da empresa mesmo, e volta pra frente do computador, onde fica até as 19h, porque o chefe resolveu que hoje estava de bom-humor. "Vou chegar em casa e dormir até amanhã de manhã", é só nisso que você pensa.

No caminho de volta pra casa, o telefone toca. Aquela amiga que você não via fazia anos, "tô precisando conversar contigo". Se encontram numa praça às 20h, colocam o papo em dia, matam as saudades, refazem os laços de amizade, lancham algodão-doce com pipoca de carrocinha. Chega em casa às 22h, O bagaço, E FELIZ!!

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Amigo é Casa

(Capiba / Hermínio Bello de Carvalho)

Amigo é feito casa que se faz aos poucos e com paciência pra durar pra sempre mas é preciso ter muito tijolo e terra, preparar reboco, construir tramelas, usar a sapiência de um João-de-barro que constrói com arte a sua residência há que o alicerce seja muito resistente que às chuvas e aos ventos possa então a proteger.

E há que fincar muito jequitibá e vigas de jatobá e adubar o jardim e plantar muita flor toiceiras de resedás não falte um caramanchão pros tempos idos lembrar que os cabelos brancos vão surgindo que nem mato na roceira que mal dá pra capinar e há que ver os pés de manacá cheios de sabiás sabendo que os rouxinóis vão trazer arrebóis choro de imaginar!

Pra festa da cumieira não faltem os violões! Muito milho ardendo na fogueira e quentão farto em gengibre aquecendo os corações.

A casa é amizade construída aos poucos e que a gente quer com beira e tribeira com gelosia feita de matéria rara e altas platibandas, com portão bem largo que é pra se entrar sorrindo nas horas incertas sem fazer alarde, sem causar transtorno amigo que é amigo quando quer estar presente faz-se quase transparente sem deixar-se perceber amigo é pra ficar.

Se chegar, se achegar, se abraçar, se beijar, se louvar, bendizer amigo a gente acolhe, recolhe e agasalha e oferece lugar pra dormir e comer amigo que é amigo não puxa tapete oferece pra gente o melhor que tem e o que nem tem quando não tem, finge que tem, faz o que pode e o seu coração reparte que nem pão.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

QUERER, do verbo REALIZAR

Hoje eu não sou a mesma de ontem. Nem melhor, nem pior, apenas diferente.

Acordei repensando minha vida, revendo minhas metas, organizando meus objetivos, idealizando meus projetos, desenhando meus caminhos.

Decidi amar mais, odiar menos, fazer mais amigos, não me incomodar com qualquer coisa, sorrir mais, chorar menos, brincar mais, brigar menos, sonhar mais, desistir menos, escutar mais, falar menos.

Escolhi correr, pular, dançar, gritar, aparecer, cantar, vibrar, torcer, VIVER sem a preocupação do julgamento, do olho torto e até da condenação.

Tudo isso passa pelo Querer. Não o querer um chocolate, que você vai na banca da esquina e compra um. Mas um querer mais profundo, mais "de dentro pra fora", mais institivo, mais desafiador. Uma vontade que surge não-sei-de-onde, de não-sei-o-quê, mas que está lá, incomodando, fazendo correr atrás, incitando a briga (no bom sentido) de você consigo mesmo; dizendo pra sair do marasmo, do lugar-comum, da vidinha casa-trabalho-casa.

Querer. Sonhar. Desejar. Pedir. Realizar. Quem quiser que diga que no dicionário não significam a mesma coisa, mas na vida andam de mãos dadas, sempre e juntos. Um não acontece sem o outro. E você não acontece sem eles.

Por isso, hoje eu não sou a mesma de ontem. Nem melhor, nem pior, apenas diferente.

(Linhas livremente inspiradas numa parte de mim qu ainda está pra nascer).

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Quando é preciso fingir...

Quando a mágoa não é necessária
Quando não se encontram as palavras adequadas
Quando a massa não compartilha da sua idéia
Quando se está no palco
Quando não quer ser transparente
Quando não quer usar a ironia
Quando o silêncio impera
Quando se é tímido
Quando o assunto incomoda e não quer falar sobre ele
Quando a comida tá ruim e você tem que agradar quem a preparou

Fingir não é ser falso. Não é mentir. Não é esconder. Pelo menos não sempre. Fingir é lícito, é honesto, é necessário.

Só cuidado pra não fazer da vida um fingimento. Fingir não é regra. A verdade é a regra. Mas não faz mal usar a exceção quando convém.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Juntando madeira para construir uma porta

Uma porta pode ser uma passagem, um objeto decorativo, algo que te afasta de pessoas e coisas quando está fechada, que aproxima quando está aberta, pode ser um "cabide de coisas inúteis", pode ser algo que você não dá valor, pode ser acústica, pode ser necessária, pode ser de vários materiais (até de madeira), pode ser alta, pode ser dividida em duas, pode ser da sala, do corredor, do quarto, do banheiro, do carro, da geladeira e, para os crentes, como eu, pode ser o último obstáculo pra entrar no céu.

Pois bem, qualquer que seja a sua porta, ela leva tempo pra ser elaborada, moldada, montada. Não sei como é o processo, mas deve-se precisar serrar a madeira, tratá-la, dar a forma de retângulo, depois lixar, envernizar, pintar, colocar as dobradiças, parafusa-las, colocar as maçanetas... E isso tudo leva tempo. Dependendo de onde você manda fazer, pode demorar mais ou não, depende da qualidade e velocidade dos profissionais que estão trabalhando nela. E da sua cobranla com eles.

O certo é que a minha porta ainda está em fase de análise, como eu vou querer a minha porta. Mas a minha porta não é num sentido literal, mas figurativo. A minha porta é algo que não existe, é indiferente, está ali por estar ali, nem mais nem menos. Não é fácil, pois existem diversos detalhezinhos que não podem passar em branco que se chamam sentimentos. Não posso construir uma porta simplesmente por construir, é uma decisão séria e definitiva. Já cosntruí diversas outras portas antes e nenhuma delas, até hoje, deixou de ser porta e, o mais curioso, é que não me arrependo disso, embora algumas delas tenham sido construídas com o material da emoção e não da razão. Mas esta é diferente. Precisa ser mais forte, mais resistente pra aguentar os trancos que sua construção pode trazer.

Ainda estou na escolha da madeira. Ela pode nem chegar a ser construída, algumas coisas podem acontecer e eu desista dela. Mas o tempo é ligeiro e não espera. E eu não estou esperando, só estou no meu tempo.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Chaleira

É assim que está minha cabeça: ebulindo!

Tenho pelo menos mais 3 temas pra tratar aqui! Por enquanto, estou só amadurecendo as idéias, os assuntos, colocando tudo em ordem tanto na cabeça quanto no papel. E o melhor é que, quanto mais eu penso, mais eu penso...

Que venham mais temas de 3 em 3. Quero isso aqui fervilhando!!!!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Ensaio sobre a mentira

Mentir é certo?
Ou é errado?
É feio?
Ou aceitável?
O fato é, todo mundo mente, em menor ou em maior escala, em menor ou em maior freqüência.

Existem as mentirinhas. Aquelas que não afetam ninguém, que não fazem mal, nem depõe contra a honestidade da pessoa. Pode ser um "erro" de 5 minutos pra mais ou pra menos, pode ser um "já vou" pra sua mãe quando ela lhe chama e você vai demorar mais 1 horinha pra fazer o que ela quer, pode ser um "estava no silencioso" quando você bina o prego que não larga do seu pé, pode ser um "estava com dor de barriga" quando você levanta mais tarde pra perder o ônibus da escola um diazinho na vida...

Mas existem as mentironas. Aquelas que podem até ter boas intenções mas, no fundo no fundo, existem pra atrapalhar a vida da gente. É uma traição ao namorado, ao marido, ao amigo, é inventar uma história pro seu chefe de um amigo de trabalho pra ele não ser promovido e você ganhar o seu lugar, é você fingir que paga o seu curso e usa o dinheiro pra comprar roupa, é você viajar com o namorado e dizer que está na casa de uma amiga...

Depois da verdade, vêm as justificativas. E você se dá conta que nenhuma delas é plausível diante do óbvio: eu menti! Mas o pior da mentira é o que ela traz consigo: a falta de confiança em tudo; em um beijo, em um abraço, em um até logo, em um boa sorte, em um eu te amo.

A mentira é um mal necessário. Mas cuidado ao usá-la. Ela pode se virar contra você mais facilmente do que você imagina!

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Das inseguranças necessárias

É claro que quando a gente vive experiências fica mais fácil de escrever, expressar, organizar as idéias. Mas é um desafio bem grande falar com certeza, propriedade e verdade das experiências alheias ou, pior, da ausência completa delas. É mais ou menos como dizer que a neve é fria sem, de fato, tê-la tocado uma única vez.

Aprender com suas próprias vivências traz uma certeza de que jamais passaremos por aquilo outra vez, "eu juro por Deus", afinal, errar uma vez é humano, mais de uma é uma completa burrice. Mas a gente também nunca conta com o fator segurança. Não que queiramos errar de propósito, mas é que não conseguimos simplesmente dar um salto no desconhecido quando errar é seguro. Já sabemos como, onde e porque erramos, podemos até saber como não errar mais, mas e o que vem depois disso?

Às vezes (sempre) é preciso abrir mão da segurança se quisermos crescer. O porto seguro não é sempre tão seguro assim. Nossos medos e receios nos impedem de olhar adiante. E damos a esses medos o nome de certeza. Então, que saibamos conhecer o incerto e o duvidoso; talvez neles estejam nossas maiores certezas. Arrisquemos! Saltemos! Poderemos cair no abismo, mas quem sabe, lá embaixo não tem aquela molinha que vai nos levar a algum lugar que jamais saberíamos que existia se não tivéssemos despencado?

E viva a insegurança!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Nada nem nenhum dinheiro do mundo paga uma boa noite de sono.
Nada como uma boa noite de sono com a sensação de dever cumprido.
Mas mesmo assim...
...quero minhas pernas de volta!

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Lourdes Aguiar por Lourdes Aguiar

Pessoas,Esse texto não é inédito, já o publiquei em idos de 2006. Mas por absoluta falta de tempo e/ou inspiração, posto-o novamente. Até o tempo ou a inspiração voltar. E pra começar, nada como um briefing desta que vos fala, né?

Bem-vindos ao meu novo endereço!

Sou um misto de medo e coragem. Vontade e preguiça. Razão e emoção. Amor e ódio. A contradição. Mas quem não é?

Sou a que fala rápido e muito, mas a que cala quando não quer se expor e a que fala ainda mais quando não pode se expor.

Sou a do riso fácil e solto, mas a que não ri com freqüência.

Sou a dos muitos amigos com cara de poucos amigos.

Sou a que ama incondicionalmente, plenamente, apaixonadamente... mas a que não aceita a decepção nesse amor.

Sou ingênua, tímida e acredito nas pessoas. Até elas quebrarem essa confiança.

Sou feita de carne e cometo pecados, mas perdôo aos outros como não perdôo a mim mesma.

Sou a da Família Aguiar Acioli Lins. A gente briga, mas a gente se ama. Muito!

Sou a que não sei dizer não, mas me nego sempre e o tempo todo.

Sou a que não sei rezar, mas a que está aprendendo a exercitar a fé.

Sou aquela que faz tempestade em copo d’água e sabe que está exagerando.

Sou aquela que detesta fotos, mas mesmo assim fez um fotolog.

Sou mulher, sou menina, sou adulta, sou criança....

Sou a de “momentos”, a de “mudar o foco”, a que não gosta de chamar a atenção, mas canta na missa, lê em público, de voz alta e bem, e acha isso o máximo!

Sou a insegura mais segura que eu conheço! Aquela que na hora que a coisa aperta, sabe exatamente como agir.

Sou a orgulhosa dos próprios olhos, das próprias mãos e de mais nada além disso. Fisicamente falando.

Sou a que tem medo de aventuras radicais, mas que não resistiu ao rapel, em Bonito. Mas também sou aquela que não vai fazer isso de novo.

Sou tudo que não queria ser. Mas não quero ser ninguém além de mim mesma....