segunda-feira, 28 de setembro de 2009

"No Rio de Janeiro, o gordo é mais discriminado que o negro"

(Fabiana Karla, atriz pernambucana gorda, em entrevista ao site Ego, vide Diario de Pernambuco, Viver, pág. 4)

Li isso hoje e não pude deixar de pensar sobre a afirmação acima, com certeza me incomodou porque sou gorda e tenho parentes que moram no Rio e comprovam tal frase acima. Segundo eles, no Rio a mulher cultuada é aquela que é bela naturalmente (leia-se por "naturalmente" a mulher sarada, bronzeada, sem maquiagem), algo, aliás, que eles se regojizam. Pode ser burra, mas tem que ser gostosa.

Agora alguém pode me dizer porque ser gordo é ser feio? Pra mim, é como dizer que todo preto é pobre, que todo mundo que estuda em escola pública é burro, que todo político é corrupto. Detesto definições. Elas nos limitam. E tal limitação gera em nós um preconceito por preconceito, porque alguém, chamado Sociedade, colocou nas nossas cabeças que bonito é ser magro, sarado e o resto... bom, o resto é ser feio.

Todo mundo tem algo de interessante a oferecer, seja pela beleza do corpo, dos olhos, da elegância, do sorriso, do saber escutar, de ter um coração mole, de saber falar, de ser inteligente, ter um bom papo. Mas tudo isso some se a pessoa for gorda. O gordo é desinteressante por natureza, parece que, por ter quilos a mais ele é... gordo! E nada mais! (A não ser Jô Soares que é O gordo mais fofo do mundo... santa hipocrisia).

Há quem leia esse post e diga que ser magro é sinônimo de ser saudável, no que concordo em partes, mas nem por isso a obesidade é tratada como doença, o que de fato o é. Eu, por exemplo, estou me preparando pra emagrecer, porque minha saúde assim me pede. Mas só!

Termino esse post com uma pequena modificação numa célebre frase de Vinicius: "Que me desculpem os imbecis, mas inteligência é fundamental".

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sonho de Amor

"Gosto quando você me olha,
Gosto quando me toca,
Gosto quando sorri,
Gosto quando me nota.

Gosto do seu toque,
Gosto do seu cheiro,
Gosto do seu abraço,
Gosto do seu aconchego.

Gosto de estar perto,
E sinto saudades quando está longe
Gosto de você
E isso o brilho dos meus olhos não esconde.

Gosto de você nos meus sonhos,
Porque neles sou livre pra amá-lo.
Lá, meu coração explode
E eu não preciso calá-lo.

Somos diferentes
Nosso amor é proibido
Nossa diferença de idade
Torna o amor ainda mais bonito".

(Autor desconhecido)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Quem nunca cometeu uma gafe não tem estória pra contar...

Se tem algo que faz parte de minha vida são as mancadas. Daqueles micos gigantescos, gafes de procurar um buraco pra se esconder. Aí, conversando com pessoas e amigos, constatei que cometer esse pequenos lapsos não é exclusividade minha. Ainda bem, embora as que me contaram tenham sido, assim, coisas leves, como chamar um cara esforçado de gordinho, ou chamar a vizinha de feia na cara dela, ou perder numa briga de coxinhas e até confundir pessoas, achando que tá abalando. Depois desses relatos, eu decidi que ainda sou campeã mundial de gafes. Seguem minhas estórias, pra confirmação do que eu tô falando. Ah, e postem suas gafes nos comentários.

GAFE 1:
Rio Grande do Sul, Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação, estamos conversando sobre coisas e pessoas da Faculdade de cada um, eis que chega a minha vez: "putz, tenho uma professora de TV que é uma bosta, odeio ela, é chata, arrogante, metida, não ensina nada e depois fica querendo cobrar o que não ensinou e tal... odeio ela, véi". Eu só não contava que um dos ouvintes era o filho da tal professora...

GAFE 2:
Unicap, aula de português, a gente tinha que fazer um trabalho não lembro mais o assunto, mas eu lembro que a gente ia fazer uma peça, que tinha um motorista e o motorista tinha que ter um nome. No que eu comento: "Pô, nome de motorista é JAMES!". Uma das minhas coleguinhas responde: "O nome do meu pai é James..." Silêncio no recinto. Eu vou tentar remendar: "James até que não é muito não, mas CHARLES...". A mesma coleguinha retruca: "O nome do meu pai é JAMES CHARLES!!" Ah, filha, se sua avó tinha mau gosto, que posso fazer?!?!?!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Uma resposta do Pai

Meu Filho,

Que bom que você conversou comigo, estava sentido muito a sua falta, dos seus pedidos, dos seus sorrisos, das suas palavras imprecisas e até de suas reclamações. Gosto de saber sempre como todos os meus filhos se sentem durante seus dias bons e dias ruins.

Esse nosso afastamento estava me deixando muito triste, eu me sentia culpado por não poder ajudá-lo a minimizar a sua dor e o seu sofrimento e muitas vezes eu quis me aproximar de você, mas você insistia, como você mesmo diz, em me deixar de lado. Mas eu sou persistente, insistente e “chato”. Jamais abandonaria um filho querido e predileto, mesmo que ele assim o quisesse.

Eu sei o que acontece nesse seu coraçãozinho sofredor, mas gosto mesmo é quando você o abre pra mim e fala das coisas que o incomodam, me sinto tão importante por não precisar adivinhar, embora nada do que acontece com você seja um segredo pra mim.

Estou muito feliz em você ter conversado comigo e, por isso, vim aqui conversar com você. Não duvide do poder de suas palavras nem do amor que você guarda com você. Não se culpe nem se martirize, apenas converse comigo sempre, todos os dias, mesmo que bem rapidinho. Muitas vezes você acha que eu não o escuto, mas tenha a certeza que meus olhos e ouvidos estão sempre voltados pra você. E mesmo que você pense que me deixou de lado eu estarei sempre a postos pra quando você se abrir pra mim.

E quando você finalmente entender o significado do meu Primeiro Mandamento, você vai perceber o quão plenamente feliz você será. Confie em você porque eu já confiava desde antes de você nascer. E não se esqueça jamais: Eu estou sempre com você!

Do seu Pai

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Uma carta para Deus

Escrevi esse post há algum tempo, mas por algum motivo, o blogspot não "quis" publica-lo. Na época, era assim mesmo que eu me sentia, mas hoje deixei Deus habitar em mim. Quem sabe, porém, que alguém que tem acompanhado essas minhas linhas tortas não esteja precisando de um caminho, uma fonte pra chegar mais perto de Deus. Segue a carta:


Meu Deus,

Sei que tenho errado muito, falhado Contigo. Minhas orações estão atrasadas, meus pedidos estão fracos e minhas preces, vãs. Minhas promessas estão vazias, meu coração está cheio de rancor, desperdiço o meu bem mais precioso, a minha vida.

Estou triste, me sentindo sozinho, me culpando, me fazendo de vítima, chorando por nada e por tudo, sorrindo por nada e por tudo. Não tenho mais vontades. Danço conforme a música. Não sei o que quero e nem o que não quero, só sei que quero querer alguma coisa. Fecho os olhos e Te vejo implorando uma brechinha, um lapso, um descuido, mas eu sou "esperto" e continuo a Te manter bem longe de mim.

Culpo meus amigos, meus pais, meus irmãos, meus inimigos, o mundo, quando o único responsável por mim sou eu mesmo. E isso me frustra ainda mais: a fraqueza de não assumir as próprias fraquezas.

Por isto e por muito mais, meu Deus, venho a Ti pedir fé, coragem, força, alegria, entusiasmo, iniciativa, amor. Só Tu sabes o que existe lá dentro de mim que precisa ser curado. Deixei a porta aberta. Toma posse. Sou Teu! Basta de trevas, sei que sou um filho da luz!


Do Teu filho muito amado