terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sorrir

(Djavan)

SORRI
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios
SORRI
Quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador
SORRI
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doridos
SORRI
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

...Sobrando...

Sabe aqueles dias onde você acha que o mundo tá pequeno e alguém tem que cair fora?
Aqueles dias onde nada do que você diz é levado em consideração?
Aqueles onde nada do que você faz tem valor?

Sabe aqueles dias onde a sensação é de você estar na festa errada e, mesmo assim, ficar até o fim?
Aqueles dias onde ninguém nem te nota?
Aqueles onde só te notam quando tu incomoda?

Sabe aqueles dias onde você faz de tudo pra chamar a atenção e, no fim, se sentir um palhaço?
Aqueles dias onde você fala e ninguém responde?
Aqueles onde você seria mais útil se não existisse?

Sabe aqueles dias onde você se deita e pergunta onde vende "chá de semancol"?
Aqueles dias onde você se pergunta porque estava ali?
Aqueles onde você promete que esse dia jamais vai se repetir?

Ainda bem que esse dia acabou...
Se alguém souber o endereço de onde vende chá de semancol, favor avisar, tô precisando de um tratamento longo com ele...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Dos Amores Platônicos

Certa vez, ouvi alguém dizer que amor platônico é bom demais. Nunca te decepciona, te faz sofrer ou chorar, não te trai, não mente. Sob esse ponto de vista, parece o melhor amor do mundo e passei até algum tempo acreditando nessas palavras.

Acho que de todo o mundo, sou a pessoa que mais viveu amores platônicos, impossíveis. Ou porque eram pessoas irreais ou porque eu me apaixonava pelo vento que me despenteava ou porque eu não sabia mesmo a quem olhar, por quem me apaixonar, mas isso nunca me deixou triste ou me sentindo sozinha, carente.

Todo mundo quer um amor na vida, alguém de carne e osso do lado, pra ligar, chorar, brigar, beijar, fazer as pazes, viajar, dormir e acordar, abraçar, dar e receber carinho... e eu não sou diferente, mas não ter passado muitas vezes por isso me dá uma sensação de que eu posso sonhar cada vez mais com essa pessoa.

Termino dizendo apenas que de um amor platônico pode surgir o mais lindo dos amores reais. E eu vou em busca disso até o fim!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A vendedora de Sonhos

Acho massa trabalhar com pessoas. Pra mim, além de ser interessante, lidar com diferenças, humores, perfis, estilos de vida e outras tantas coisas, é um desafio. Não sou a mais delicada ou doce das pessoas, não tenho fala mansa nem muita paciência, mas pro meu trabalho preciso ser até psicóloga, às vezes.

Sou maquiadora e, como tal, acabei descobrindo que não vendo um serviço: eu vendo sonhos. Meu público-alvo é formado por noivas, ansiosas, nervosas, agoniadas, feias, bonitas, calmas, tranquilas... as que não vivem sem maquiagem, as que nunca usaram um pó. Tem pra todo gosto, de todo tipo e pra todas elas a psicologia é a mesma: A NOITE É SUA E VOCÊ VAI ARRASAR! É A SUA NOITE DE SONHO!

O interessante é que essa relação entre mim e elas começa quando fechamos contrato e só termina no dia seguinte ao casamento, antes da lua-de mel. Entre o contrato e o dia após existem conversas, risos, choros, tensão, retoques, conserta daqui, pinta dali, mas geralmente essa relação termina com um MUITO OBRIGADO, VOCÊ FOI JÓIA!

Dever cumprido. Eu não vendo um serviço. Eu vendo sonhos.