segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Somos todos fênixes

Este post foi inspirado numa conversa entre mim e amigos, na Spirit, sábado último e fala de se apaixonar, estar apaixonado, escolhas. Não liguem se a estória vier meio fora de nexo, no final, todos vão entender onde a gente quis chegar...

Bom, começamos a conversa sobre escolher por quem nos apaixonamos. Eu, pessoalmente, não acho que temos a capacidade de escolher quem é a tampa da nossa panela. A nossa escolha é nos colocar aptos para que isso aconteça. Minha amiga acha que de alguma forma a gente tende a procurar alguém que por algum motivo já estamos de olho e meu amigo é totalmente adepto de que a gente se apaixona por uma projeção de alguém perfeito, tal como o comercial do sonho de valsa.

No decorrer da conversa, minha amiga sugere que a gente já devia encontrar a nossa tampa no comecinho da caminhada, porque assim pararia nossa busca e nosso sofrimento. Discordo. Acho massa a parte da paquera, da conquista, de se conhecer, de aprender a lidar com defeitos e ideias diferentes das minhas, gosto da eterna busca pelo tal chinelo velho pro meu pé cansado.

A gente só concordou mesmo que é massa estar apaixonado, mesmo que não seja correspondido. Querer se arrumar, ficar bonita, sair de casa, ver gente (se for ele, perfeito!), ficar sem graça, falar besteira, passar vergonha, sentir o frio na barriga, sentir que está viva!

No final da conversa, meio que concluindo todas essas opiniões, a gente decidiu que, na vida real, todo mundo ama e todo mundo se decepciona com seus amores em algum momento da vida. E (quase) ninguém morre de amor. A gente chora, sofre, perde (ou ganha, dependendo da pessoa) peso, não quer ver ninguém, nem mesmo a luz do sol. Mas a gente também entendeu que não há escuridão que dure pra sempre.

E pra sair da escuridão, a gente é como a fênix da lenda que, antes de morrer, recolhe plantas aromáticas, incenso, cardamomo e resinas. Constrói com tudo isso um ninho exposto aos raios solares e o calor do sol batendo direto no ninho, incendeia-o e transforma tudo em cinza. Essa cinza, misturada com o resto da pobre fênix, se transforma em uma larva que num futuro muito próximo se transforma numa nova e bela fênix, que viverá por muitos anos.

Então, que nos apaixonemos sempre! No final, somos todos fênixes mesmo...

2 comentários:

Luíza Tiné disse...

ótimo esse texto, lou! me identifiquei com ele em várias partes. é muito bom estar apaixonado, sentir o coração acelerar, as mãos ficarem suadas, as buchechas ficarem em chamas... realmente, é ótima essa sensação! e o bom é que isso acontece sempre.. todo mundo se apaixona! não vou dizer que é bom sofrer, se decepcionar... isso acaba fechando o nosso coração, nos deixando com medo de nos apaixonarmos denovo (como acontece muuito comigo!) mas no final das contas é como tu disse, por mais que a gente sofra por amor (que todo mundo na vida um dia já sofreu e ainda vai sofrer muito) a gente se recupera, a gente sai da escuridão, pois ela não dura para sempre, e no final das contas a gente renasce, como fênix, prontos para se apaixonar denovo!

@marcelatenorio disse...

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Tenho um amigo que nunca namorou. Fico eu sempre me perguntando em que ele se alimenta pra amar, se magoar, amar de novo e se magoar de novo ...o que vai cansar um dia? O amor ou a mágoa?

Espero que no caso dele não seja o amor. :)

Bjo!

Mah

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